design gráfico sob um olhar diferente

Nas empresas mais bem estruturadas, o profissional de Marketing é o responsável pela análise do mercado e obtenção de dados. A partir desses dados, ele elabora as estratégias, com o objetivo de conquistar os melhores resultados para a empresa.

Para alcançar esses resultados, contudo, ele precisa acionar outros departamentos, como Projeto, Produção, Financeiro e, principalmente, Vendas. Para vender, ele tem de anunciar. E para criar os anúncios, ele precisa ele precisa de um designer gráfico. E é aí que a coisa começa a se complicar. Ele possui os dados e as estratégias mas, geralmente, não transmite essas informações ao designer, ou o faz de forma sucinta e superficial. Estratégias de Marketing que envolvem a empresa como um todo deveriam envolver também o designer, pois ele está ciente dos valores da empresa e da marca (que muitas vezes ajudou a criar). E apenas o designer – destaco isso – possui os conhecimentos estético-funcionais para apontar o que e como pode ser feito.

Ao Marketing compete a identificação da demanda, dos desejos e necessidades do consumidor a serem satisfeitos. Já o Design caracteriza-se como a interface entre o Marketing e o mercado, filtrando as informações obtidas pelo Marketing e traduzindo-as na forma de logotipos, embalagens, anúncios, outdoors e outras peças de comunicação. O designer gráfico apropria-se de conhecimentos do homem de marketing não com pretensão de usurpar as funções daquele, mas porque constata que, em muitos conceitos do Marketing, reside a nova função do designer: criar pensando no consumidor.

O chamado olhar do designer caracteriza-se pela articulação que ele faz com as diferentes áreas do conhecimento, buscando a construção de conceitos visuais que melhor traduzam os benefícios de um produto ou serviço. O designer pode alterar o modo como as pessoas os veem, por ser capaz de fazer com que pareçam diferentes do que são. O designer faz parte da sociedade e tem a capacidade de influenciá-la e transformá-la. Assim, requer-se do designer, além de sua capacidade projetista, um aprofundamento intelectual que lhe permita associar elementos, códigos e conceitos de sentidos múltiplos, oriundos de modelos comportamentais diversos.

Os consumidores de hoje não buscam apenas produtos bonitos e serviços eficientes, mas que despertem emoções especiais. Como estamos vivendo em um era de excesso de informações – através da internet, rádio, televisão e outras mídias – estas já não são suficientes para convencer os consumidores a adquirir determinado produto ou serviço. É preciso transformar a capacidade de comunicação em histórias capazes de seduzir e encantar os consumidores. O core do Marketing é entender as necessidades e desejos dos consumidores. Este conceito precisa evoluir para a compreensão de comportamentos e preocupação com as pessoas (em um sentindo mais amplo), para o estabelecimento de relações duradouras com a sociedade.

A expansão dos uso dos meios de comunicação e a competição cada vez acirrada por fatias, segmentos ou nichos de mercado veem exigindo uma criatividade cada vez maior por parte das empresas. O papel do Design, atuando junto com o Marketing, tornou-se fundamental na agregação de valor aos produtos e serviços. Assim, é preciso que o designer entenda as estratégias do homem de marketing (e vice-versa), para juntos encontrarem as soluções mais adequadas aos objetivos de mercado da empresa.

Concluindo, o Marketing precisa estabelecer uma fina sintonia com o Design, para que juntos possam criar e oferecer produtos e serviços melhores, que tragam bem-estar, alegria aos consumidores e acrescentem um sentido especial à existência da organização. As empresas que não agregarem estes ingredientes, possivelmente farão parte de uma era que já se foi.

Fonte: Blog administradores


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